
Impactos e desafios da COVID- 19 no espectro educacional
Por: Débora Arakaki – Advogada da Mascaro Nascimento
Sabemos que quanto mais baixo o nível de aprendizado, menores são os potenciais de ganhos futuros para os alunos e menor a produtividade econômica dos atrasos de aprendizado relacionados à pandemia, podendo levar perdas anuais de US$ 1,6 trilhão em todo o mundo, ou 0,9% do PIB global total, segundo estudos recentes da McKinsey & Company.
Desta forma, surge a iniciativa lançada em 2018 alertando os governos quanto à importância de cada vez mais, se investir em pessoas.
O relatório brasileiro aponta que uma criança brasileira nascida em 2019 deve alcançar em média apenas 60% do seu capital humano potencial ao completar 18 anos.
O fato é que tivemos as escolas fechadas por cerca de 77 semanas, com isso o índice de Capital Humano do Brasil caiu de 60% para 54% entre 2019 e 2021, segundo dados da mesma consultoria citada, o que acarreta a conclusão de retrocesso aos níveis de 2009.
Sem contar que a média nacional é apenas parte da história; há muitas outras desigualdades internas, conforme sítio: https://www.worldbank.org/pt/country/brazil/publication/brasil-relatorio-de-capitalhumano- investindo-nas-pessoas.
E assim sendo, no Brasil, os estados tiveram que rapidamente se adaptar ao novo contexto e descobrir/desvendar caminhos próprios para continuar garantindo o direito à aprendizagem.
Inúmeras medidas fazem parte desta amplitude de esforços coletivos para fomentar/inovar no quesito aprendizagem, entre elas: professores e materiais educativos adaptados ao ensino remoto; busca da manutenção do vínculo escolar dos estudantes mesmo quando a tecnologia não estava disponível; aquisição de recursos tecnológicos para apoiar estudantes e auxiliar professores; ampliação da autonomia escolar tendo em vista a diversidade da rede escolar; utilização de recursos por TV ou rádio; contato por grupos de WhatsApp e Telegram e em alguns contextos, ainda, a entrega de material didático impresso.
Todas as medidas mencionadas fizeram com que houvesse a introdução de tecnologia de modo mais intenso no cotidiano escolar, bem como apurou-se a resiliência dos profissionais da educação e do outro lado os estudantes, garantindo em última análise o famigerado Direito à Educação.
Resiliência igualmente reconhecida para reabrir escolas com segurança para o aprendizado presencial, garantindo a resiliência para futuras e possíveis interrupções, até mesmo com a chegada na 4ª onda de Covid, como incentivo aos alunos, familiares e professores a se desenvolverem em ambientes de aprendizado eficazes.
Até mesmo em última análise para apoio/incentivo de alunos na recuperação dos impactos acadêmicos; reinventando uma educação de qualidade para todos os alunos, enfatizando os fundamentos da excelência educacional e inovação para futuras adaptações.
Eis a missão de todos nós, preparar nossas crianças para uma educação mais tecnológica, respaldados na resiliência e solidificados nos princípios da Igualdade, prestígios a Diversidade e fomento a uma educação de excelência e em busca da inovação!