artigos - 25/03/2024

Inclusão e a diversidade tratados dentro do mundo corporativo

Débora Bobra Arakaki

A necessidade de pertencer é algo tão humano que ninguém ousa a negar a sua importância. Isto porque, por mais que queiramos pertencer; também queremos ser autênticos.

Por isso, as empresas, cada vez mais têm pensado em criar práticas inclusivas, pois as pessoas vão sempre ser diferentes umas das outras, mas sabemos também para que todas ‘podem se encaixar’.

Quantas vezes não nos sentimos inseguros diante de um grupo por ter uma opinião diferente? Ou já ficamos quietos para não expor nosso ponto de vista?

Fingir ser quem não somos é cansativo e muito mais libertador é poder sermos nós mesmos!

E assim sendo, quando percebemos que esses dois desejos, o de singularidade e o de pertencimento estão em equilíbrio, nos sentimos efetivamente incluídos.

A dificuldade de ser quem somos e ainda assim nos encaixar no grupo é vivida há gerações por adolescentes e jovens adultos, embora a busca por autenticidade seja particularmente forte nas gerações mais recentes, os millennials e na geração ‘Z’, pois já entenderam bem precocemente a agirem como são, sem máscaras ou subterfúgios.

Mesmo assim, cada um de nós aceita abrir mão de um pouquinho do que somos, ainda que temporariamente, para sermos vistos coletivamente e tais traços que compõem a nossa identidade.

Neste contexto, parece-nos fácil constatar que a diversidade e a inclusão afetam a capacidade de uma empresa de ter sucesso e, por isso, que os grandes líderes passaram a fazer mudanças estruturais nas empresas para garantir a equidade e diversidade.

Uma lição muito bem aprendida pelas empresas é a de remoção de obstáculos sistêmicos para certos grupos, os denominados vieses sistêmicos que nada mais são que as leis, costumes e práticas que contribuem para a desigualdade da sociedade e do mundo corporativo como parte daquele macro sistema. Removidos os vieses sistêmicos ou inconscientes, é hora de avançar rumo ao esforço consciente para a efetiva inclusão.

É fundamental para que a inclusão ocorra que haja uma modernização cultural na empresa, adotando um mindset de crescimento, ou seja, uma nova psicologia de sucesso; erradicar o bullying; treinar lideranças estratégicas dentro dessa nova cultura/valores corporativos; criar universo de empatia e fomentar as boas discussões; criar fóruns de debates sobre assuntos sobre ambientes sadios de trabalho; aprender com a divergência; prevenir as condutas de assédio no ambiente laboral e finalmente, promover o discurso das minorias.

Por mais que a inclusão seja pauta constante no mundo corporativo, a jornada da inclusão tem sido um trabalho árduo e contínuo, e o primeiro passo, sem dúvida é tornar consciente os seus vieses inconscientes e, isso feito, passar para ações intencionais voltadas à inclusão, e na sequência, repetir tudo novamente, num movimento incessante.

São mesclas de lições fáceis de aplicar no dia a dia, juntamente com mudanças mais robustas e estruturais para que juntos possamos desenvolver relacionamentos melhores entre os times; inspirando mais produtividade e engajamento entre os colaboradores; gerando soluções mais criativas para o resultado da empresa, e em última análise, promovendo um ambiente mais positivo para todos; afinal; todos somos seres humanos únicos e toda habilidade e comportamento devem ser avaliados e lapidados para o bem estar empresarial, laboral, respeitando a individualidade de cada um!



Dr. Marcelo Mascaro

Advogado do Trabalho, CTO

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