Produtividade Tóxica e Pandemia

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Por Débora Bobra Arakaki

O tema “produtividade tóxica” tem sido utilizado para insinuar a sensação de estar fazendo algo o tempo todo para se considerar produtivo e isso significa trabalhar muito mais do que se trabalhava fisicamente no escritório e psicologicamente, se manter conectado, chegando até a exaustão! Mas como podemos identificar que chegamos neste nível de “toxidade”? 

Alguns sinais podem servir de sobreaviso e apontam uma possível luz de alerta para situações que circundam uma vida de estresse corporativo: não desligar o computador, mesmo quando termina os trabalhos, para que no dia seguinte, possa “começar a teclar” o quando antes; olhar o celular o tempo toda para verificar se não existe nova mensagem no WhtasApp; dificuldade de pegar no sono; não prestar atenção aos assuntos que não estejam relacionados ao trabalhos; não conseguir se divertir com nada que não seja/esteja relacionado ao universo laboral; pular refeições, entre outros. 

Ademais, nota-se que a segunda onda da Pandemia foi uma ducha de agua fria nas boas expectativas não só da retomada da economia, emergindo um novo ciclo de otimismo, bem como na recuperação de toda atividade produtiva estagnada/diminuída causados por este momento de exceção. 

Mesmo tendo um quadro positivo pandêmico e com as quedas de novos casos e mortes diárias, o Brasil, ainda tem sido um destaque negativo na comparação internacional, já que desde junho de 2021, assumimos a décima posição em termos de número de mortes percapita no mundo, e, recentemente, superamos a marca de 2.500 óbitos por milhão de habitantes. 

Fato é que, à medida que a pandemia seja controlada, é esperada uma abertura mais ampla da economia, com as medidas de restrições de algumas atividades sendo gradualmente retiradas. 

Os eventos associados à pandemia da Covid-19 elevaram de forma extraordinária o nível de incerteza em relação ao desempenho da economia e tiveram impactos severos e negativos sobre a atividade econômica e em especial sobre o mercado de trabalho brasileiro e de sobremaneira na vida do colaborador, mormente o que desenvolve o trabalho em homeoffice, e ao final a grande lição que fica é que: devemos saber separar a vida pessoal, da vida profissional e lidar com as vicissitudes corporativas incentivadas por essa fase Pandêmica, sob pena termos nossas vidas reviradas para sempre. 

Temos que ter em mente que, a Pandemia vai passar e que devemos desenvolver a capacidade de trabalhar sem causar danos a nossa saúde, aos nossos relacionamentos pessoais, e fundamentalmente preservar nosso equilíbrio interno, afinal, ele é a premissa para manter nossa produtividade. 

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