A instabilidade do mercado de trabalho em 2016, os reflexos nos comportamentos dos profissionais e as opções de aperfeiçoamento

Gestão de Pessoas
A instabilidade do mercado de trabalho em 2016, os reflexos nos comportamentos dos profissionais e as opções de aperfeiçoamento

Débora Bobra Arakaki Masson

Segundo dados divulgados na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de dezembro a fevereiro, o número de desocupados subiu cerca de 40% sobre o mesmo período de 2015. Infelizmente, os dados disponíveis nos levam a uma previsão pouco otimista. Caíram os investimentos, o setor industrial retraiu, projetos de expansão foram postergados e os contratos das empresas de infraestrutura estão diminuindo cada vez mais, beirando a extinção em consequência da corrupção.

A população desocupada bate recorde, somou mais de 10 milhões, segundo dados do IBGE. Esta é nossa triste realidade!

E qual tem sido o comportamento dos profissionais diante deste cenário?

Os jovens profissionais que não se preocupavam muito com a estabilidade profissional e no passado recente, chegaram a cogitar mudanças no emprego repentinas, sem prever ou se intimidar com os riscos, apostando na possibilidade de crescimento numa nova empresa e os desafios advindos desta escolha, passam a pensar um pouco mais nas tomadas drásticas e mudanças profissionais. O ano de 2016 é marcado pela instabilidade e insegurança e como consequência, os que decidiram não trabalhar, pois gostariam de continuar estudando, se aperfeiçoando, foram forçados a procurar emprego. Resultado: muitos grupos perderam o poder de compra e muitos profissionais sofreram com a triste realidade e com a perda do sonho de mobilidade social.

Diz um profissional que trabalha em recolocações de profissionais no mercado de prestação de serviço: “O mercado não está fácil, a máxima que ‘profissional com bom currículo não fica muito tempo sem emprego’ hoje é vista com certa flexibilidade. Posso afirmar sem sombra de dúvidas que hoje, existem profissionais muito bem qualificados e que estão sofrendo com a crise econômica, política e generalizada que paira sobre o país”.

Em um ano instável o profissional deve agir com cautela redobrada, verificar os próximos passos com cuidado, não agindo por ímpeto ou de forma abrupta e impensada e nenhuma decisão deve ser tomada sem que seja calculado todos os riscos.

Na crise atual, poucos ficam fora dela, mas nem tudo são lágrimas, segundo o profissional que trabalha com recolocações: “Não podemos perder a esperança, nem ficarmos esperando pacificamente as mudanças, cortar gastos supérfluos parece ser uma solução consciente e investir em ferramentas educacionais a distância, opção menos custosa que os cursos presenciais ou frequentar cursos on line gratuitos e de qualidade, parece ser uma boa escolha”.

A Universidade de São Paulo (USP) lançou recentemente cursos de graça em nível superior em parceria com o portal Veduca aos moldes já praticados como o edX de iniciativa de Harvard e MIT, ampliando as possibilidades na carreira e aperfeiçoamento profissional.

Só fica sem se atualizar quem quiser, até em tempos de crise, opção de crescimento/aperfeiçoamento existem, basta ter boa vontade e ir atrás de boas ferramentas educacionais!

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